terça-feira, 6 de outubro de 2009

O idiota

O idiota é aquele sujeito que passa com o carro na poça só de sacanagem. Um minuto depois, você está completamente molhado e ele, rindo. Pode ser também o que fala algo incompreensível, só para você pedir para repetir e ele fazer uma gracinha depois. Um legítimo boçal não mede esforços para te tirar do sério. E é chato. Ri sozinho das suas piadas, conta várias vezes a mesma história e insiste em tocar em você durante o papo. E aquele que se acha um comediante stand up e te critica para uma platéia em alto e bom som? Não tarda a falar das suas gordurinhas a mais, da roupa que você veste e o que fala. Esse tipo seria capaz até de fazer uma crônica que criticasse pessoas. Como essa. A diferença é que eu não sou idiota e nem chato. E ai de quem disser o contrário!

Existe também o babaca ilustrado. Esse prefere problematizar sistematicamente uma situação cujo enfoque contextual ensejaria obviamente uma ótica mais adequada ao entendimento global. Ou seja: complicar o que é fácil. Outra versão é o Einstein. Para ele, tudo é relativo. Está sempre em cima do muro. Vale lembrar que tudo que está sendo dito aqui serve para as mulheres. Vamos usá-las para introduzir o marco da pós – modernidade: a geração de plástico. Essa espécie rejeita a condição humana e persegue vorazmente o modelo boneca fashion. Em alguns casos, você aperta a barriga delas e ouve frases prontas. Tem umas que chegam a falar cinco frases! Super legal.

Idiotas não entram em extinção. Eles se multiplicam. Acho até que as pessoas devem gostar deles. Por que não somem? Para onde quer que você vá, não importa quando, esteja certo de cruzar com um. Talvez haja um pouco deles no DNA de todos nós. Tem sempre um idiota no espelho mais perto de você.


Papel

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