terça-feira, 10 de novembro de 2009

26 de outubro de 2009. O Paraná é varrido mais uma vez em menos de um mês. Não, não falo do tornado que atingiu a região e provocou estragos em várias cidades paranaenses em meados de outubro. Refiro – me à ação conjunta da polícia que resultou na prisão de 279 suspeito de tráfico. Situação bem diferente da que assolava a região há pouco tempo, quando bandidos mataram oito pessoas em Curitiba como forma de afirmar o poder do tráfico no local. O desrespeito ao toque de recolher instituído por bandidos foi fatal para quem ousou estar na rua após a hora determinada. Quem matou, disse que não escolheu as vítimas. Nem mulheres e bebês foram poupados da chacina. Afinal, quem manda andar na rua a hora que bem entender?

A prisão em massa obviamente não acaba com o problema da violência e do narcotráfico no Paraná, mas refresca a alma de quem se vê acuado pelo crime. A polícia fez sua parte em mostrar que não abre mão de sua autoridade facilmente. Resta saber se os suspeitos são mesmo culpados e , se for, se vão ser presos. Vale a pena lembrar também que as cadeias do estado sofrem os mesmo males da instituições nacionais. Foi de um presídio de Chapecó que partiu a ordem para a invasão no morro dos Macacos, no Rio de Janeiro.

Outro fato nessa história chama a atenção. Enquanto o Rio de Janeiro ainda se orgulha do polêmico filme Tropa de Elite e prepara a sequência, a operação realizada no sul do Brasil se completou sem que uma pessoa fosse morta ou sequer ferida. Enquanto isso, no Rio... guerra entre bandido e bandido, bandido e polícia, morre um , morre dois, dezenove. E ainda tem gente morrendo. Estamos falando do mesmo país? As balas perdidas não cansam de encontrar vítimas. Deveriam ser chamadas assim porque não conhecem os responsáveis pela ação. Quem coloca uma bala no mundo pode tirar alguém dele. É claro que a geografia carioca privilegia em termos de estratégia os criminosos. Ainda assim, dá para melhorar e muito o método de captura de bandidos por aqui. A polícia do Paraná mostrou que é possível.

Papel

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