Como se não bastasse o miserê todo em que a gente já vive. Decidiram agora discutir CPI do Movimento Sem Terra. Dizem por aí que a intenção disso tudo, na verdade, é apenas dar um pouco mais de movimento ao nosso movimento. É que ele tem estado apagado ultimamente. Depois que a gente parou de despertar olhares curiosos da playboy, nossa auto-estima foi para o brejo. E pior. Nem o brejo é nosso.
A discussão leva tempo. É gente falando daqui, gente gritando de lá e por aí vai. Na minha família, para que se tenha idéia, o problema fundiário tem sido mais importante que a hérnia de disco da minha avó. E essa, coitada, não tem terra nem para morrer em paz.
Eu não sou muito do tipo que concorda com político não. Não gosto dessas coisas. Porque logo vem um e diz que a gente é safado. Mas a tal senadora lá falou bonito com relação a essa CPI. “Investigar só um lado é uma tentativa de criminalização de um aspecto do problema agrário muito maior no Brasil”. É isso. Com a CPI, não só estamos saindo das páginas da playboy, como também estamos entrando na capa da investigateboy. A partir de agora, se é que já não foi sempre assim, os criminosos somos nós.
Eu queria mesmo é ver funcionar CPI que investigasse invasão de familiares de políticos em cargos governamentais, invasão de direitos do cidadão, invasão de privacidade. Essas coisas que acontecem o tempo todo, mas que continuam sempre na mesma. Da mesma forma, no problema em que estamos, para que a CPI funcionasse, o que deveria ser investigado não é quem quer o brejo ou a quem o brejo pertence, mas sim, a quem ele deveria pertencer e em que proporções. Porque, se isso não for feito, o único dono do brejo será a vaca.
A discussão leva tempo. É gente falando daqui, gente gritando de lá e por aí vai. Na minha família, para que se tenha idéia, o problema fundiário tem sido mais importante que a hérnia de disco da minha avó. E essa, coitada, não tem terra nem para morrer em paz.
Eu não sou muito do tipo que concorda com político não. Não gosto dessas coisas. Porque logo vem um e diz que a gente é safado. Mas a tal senadora lá falou bonito com relação a essa CPI. “Investigar só um lado é uma tentativa de criminalização de um aspecto do problema agrário muito maior no Brasil”. É isso. Com a CPI, não só estamos saindo das páginas da playboy, como também estamos entrando na capa da investigateboy. A partir de agora, se é que já não foi sempre assim, os criminosos somos nós.
Eu queria mesmo é ver funcionar CPI que investigasse invasão de familiares de políticos em cargos governamentais, invasão de direitos do cidadão, invasão de privacidade. Essas coisas que acontecem o tempo todo, mas que continuam sempre na mesma. Da mesma forma, no problema em que estamos, para que a CPI funcionasse, o que deveria ser investigado não é quem quer o brejo ou a quem o brejo pertence, mas sim, a quem ele deveria pertencer e em que proporções. Porque, se isso não for feito, o único dono do brejo será a vaca.
Semíramis
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