terça-feira, 10 de novembro de 2009

Caso de polícia

Como se já não bastassem os inúmeros escândalos envolvendo políticos e Suplicy andando de sunga pelo Senado, o prefeito de uma cidadezinha de Minas resolveu aprontar uma daquelas. João Carlos da Aparecida, do PT de Minas, foi pego em uma boca de fumo de sua cidade, Raposos. E não foi a primeira vez.

Nada contra o cara fumar ou cheirar o que ele quiser, mas ir para uma favela consumir drogas com um carro de prefeitura é petulância demais. Para piorar, depois de chegar à Delegacia e sequer conseguir prestar depoimento, o cidadão teve a coragem de dizer à imprensa que não falaria, usando a desculpa à la Vanusa de que estaria sob efeito de um medicamento muito forte. Crack agora é medicamento? Gostaria de saber que novo tipo de tratamento é esse.

João Carlos pediu licença da prefeitura para tratamento médico. Há quem diga que fez isso pensando em sua recuperação. Mas há cerca de 90% de chances da decisão ter sido tomada para que algo muito pior não ocorresse: seu impeachment. Afinal já foi formada uma comissão para levar adiante o processo de cassação de seu mandato.

Os usuários de drogas pegos em flagrante por policiais têm alegado: “se o prefeito pode, todos podem”, o que era de se esperar. O político que deveria seguir de exemplo e ajudar no combate ao tráfico de drogas, conseguiu subverter a ordem lógica de uma forma nunca feita anteriormente.

Histórias como essa nada mais são do que o reflexo do caos instalado na política brasileira. Não sabemos mais quem elegemos e estamos na mão de pessoas que não sabem separar sua vida pessoal de sua vida política.

Mel

Nenhum comentário:

Postar um comentário