Sei muito bem todos os problemas que o mundo possui: fome, violência,desigualdade...E juro para você que tenho muita força de vontade para tentar melhorá-lo.
Mas a realidade é que eu sozinha não vou conseguir. Se eu não consigo resolver um problema de menor impacto no mundo como o meu cabelo, por exemplo, como vou resolver a exclusão social?
Então já que os problemas do mundo são muito complexos vou falar do meu cabelo ( não que ele não seja complexo, mas como falei acima o impacto na população mundial não é tãoooo grande assim.)
Minha guerra com ele começou em 1998 quando eu tinha apenas 10 anos (antes disso ele era lindo). Nesse ano os malditos hormônios começaram a agir sobre mim e meus cabelos que eram lindos, lisos e sem volumes resolveram adotar um Medusa way of life.
Desde aquele ano eu nunca mais consegui dominá-lo novamente.Eu brigava com ele e ele vinha me dizer que na base no grito eu não ia conseguir nada, que ele agia assim porque eu o tratava mal e etc... Enfim, veio com todo aquele papinho de mulher carente. O que meu cabelo se esquece e que eu sou uma mulher carente e ensinei todo esse papinho pra ele..Até parece que eu ia amolecer com isso...
Porém, tudo piorou quando entrei na universidade e conheci uma menina com o cabelo mais lindo do mundo. De verdade, o cabelo dela é tão perfeito, tão perfeito que provavelmente até Iracema – a musa capilar da literatura brasileira – morreria de inveja.
Sempre que a vejo, meu cabelo se esconde, faz um coque e só falta muda de cor – de castanhos para vermelho tom de raiva.
Vocês nem imaginam o como é difícil conviver com aqueles cabelos.. Discussões quase diárias, afinal minha pequena Medusa quer saber o porquê daquela menina morena conseguir cuidar tão bem seus longos fios castanhos e eu deixá-los do jeito que se apresentam.
De início eu tentei convencer meu cabelo de que aquilo era peruca, aplique, ou qualquer outra coisa. Mas após seis meses de faculdade não consegui sustentar a desculpa.
Mas aquela menina também, nem para me ajudar. Tenho certeza que ela sabe os problemas que ela causa em minha vida. Se finge de simpática mas só vem falar comigo para esfregar as madeixas pelo ar que me rodeia e me deixar na vontade de ter cabelos bem cuidados. Sacanagem.
Como uma pessoa de aparência tão bonita pode ser tão cruel e ninguém perceber ?
Mas é assim que os problemas mundiais começam, se ninguém detê-la enquanto ela pratica esta desigualdade capilar na faculdade imagina o que ela não será capaz de fazer quando se formar?
Mas a realidade é que eu sozinha não vou conseguir. Se eu não consigo resolver um problema de menor impacto no mundo como o meu cabelo, por exemplo, como vou resolver a exclusão social?
Então já que os problemas do mundo são muito complexos vou falar do meu cabelo ( não que ele não seja complexo, mas como falei acima o impacto na população mundial não é tãoooo grande assim.)
Minha guerra com ele começou em 1998 quando eu tinha apenas 10 anos (antes disso ele era lindo). Nesse ano os malditos hormônios começaram a agir sobre mim e meus cabelos que eram lindos, lisos e sem volumes resolveram adotar um Medusa way of life.
Desde aquele ano eu nunca mais consegui dominá-lo novamente.Eu brigava com ele e ele vinha me dizer que na base no grito eu não ia conseguir nada, que ele agia assim porque eu o tratava mal e etc... Enfim, veio com todo aquele papinho de mulher carente. O que meu cabelo se esquece e que eu sou uma mulher carente e ensinei todo esse papinho pra ele..Até parece que eu ia amolecer com isso...
Porém, tudo piorou quando entrei na universidade e conheci uma menina com o cabelo mais lindo do mundo. De verdade, o cabelo dela é tão perfeito, tão perfeito que provavelmente até Iracema – a musa capilar da literatura brasileira – morreria de inveja.
Sempre que a vejo, meu cabelo se esconde, faz um coque e só falta muda de cor – de castanhos para vermelho tom de raiva.
Vocês nem imaginam o como é difícil conviver com aqueles cabelos.. Discussões quase diárias, afinal minha pequena Medusa quer saber o porquê daquela menina morena conseguir cuidar tão bem seus longos fios castanhos e eu deixá-los do jeito que se apresentam.
De início eu tentei convencer meu cabelo de que aquilo era peruca, aplique, ou qualquer outra coisa. Mas após seis meses de faculdade não consegui sustentar a desculpa.
Mas aquela menina também, nem para me ajudar. Tenho certeza que ela sabe os problemas que ela causa em minha vida. Se finge de simpática mas só vem falar comigo para esfregar as madeixas pelo ar que me rodeia e me deixar na vontade de ter cabelos bem cuidados. Sacanagem.
Como uma pessoa de aparência tão bonita pode ser tão cruel e ninguém perceber ?
Mas é assim que os problemas mundiais começam, se ninguém detê-la enquanto ela pratica esta desigualdade capilar na faculdade imagina o que ela não será capaz de fazer quando se formar?
Vento
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