Dizem que criança não mente, e acho mesmo que todos vocês já devem ter presenciado um momento de “sinceridade infantil”. É trágico, torça para nunca ser alvo de um desses arroubos de franqueza. Eu tenho uma sobrinha com sete anos e ela consegue ser mais ácida do que uma fita com piadas do Costinha.
Nada me tira da cabeça que a babá dela na verdade tá dissimulando uma promessa ou cumprindo um carma. A pobre Shirley é meio gordinha, é verdade. Mas a menina não dá descanso, outro dia meu cunhado estava recebendo vários amigos em casa para um videokê e a Shirley quebrou uma cadeira. No ato, sem pestanejar, sem perder o timing a menina disparou: “Droga, Shirley! É a 3ª essa semana, vou ficar sem ter onde sentar”.
A Shirley passou por todas as tonalidades possíveis de vermelho. E por falar em cores, mais novinha quando ela ainda não sabia todos os nomes de cores, ela virou pra um dos tios –um negro azulão – e mandou na lata: “Tio Carlinhos, você é tão lindo assim todo roxo!”. Mas família não é termômetro pra isso, todo mundo dá risada e acha isso uma gracinha.
A verdadeira escola da vida é o primário. É lá que se aplica a lei do mais forte e a máxima de que “aquilo que vai, volta”. Com essa mania de perseguição aos gordinhos ela conseguiu uma bunda inchada. Virou pra uma menina barrigudinha e disse que ela tava grávida. “Quais vão ser os nomes dos seus gêmeos? Há há há. *risadinha escrota de criança chata*”. Levou um belo pontapé no traseiro e ganhou um bilhete na agenda que pedia pra minha irmã ir lá conversar com a “tia”.
A última dela foi demais. Minha irmã foi ao mercado fazer compras – e eu não sei porque as pessoas insistem em fazer compras com filho pequeno se já ficou mais do que comprovado que isso dá merda em 101% dos casos – e ela pediu porque pediu pra passar na casa a minha avó, a “bisa”. Tanto fez que a mãe dela resolveu ir. Chegou lá e minha avó disse “Oi querida, veio visitar a velha?” ao que minha irmã foi logo respondendo “É vozinha, vim matar a saudade”. Não é que a garota emplacou um: “Mentira, bisa. Ela nem queria vir, só eu e ela só me trouxe porque não tinha almoço pronto lá em casa”.
Nada me tira da cabeça que a babá dela na verdade tá dissimulando uma promessa ou cumprindo um carma. A pobre Shirley é meio gordinha, é verdade. Mas a menina não dá descanso, outro dia meu cunhado estava recebendo vários amigos em casa para um videokê e a Shirley quebrou uma cadeira. No ato, sem pestanejar, sem perder o timing a menina disparou: “Droga, Shirley! É a 3ª essa semana, vou ficar sem ter onde sentar”.
A Shirley passou por todas as tonalidades possíveis de vermelho. E por falar em cores, mais novinha quando ela ainda não sabia todos os nomes de cores, ela virou pra um dos tios –um negro azulão – e mandou na lata: “Tio Carlinhos, você é tão lindo assim todo roxo!”. Mas família não é termômetro pra isso, todo mundo dá risada e acha isso uma gracinha.
A verdadeira escola da vida é o primário. É lá que se aplica a lei do mais forte e a máxima de que “aquilo que vai, volta”. Com essa mania de perseguição aos gordinhos ela conseguiu uma bunda inchada. Virou pra uma menina barrigudinha e disse que ela tava grávida. “Quais vão ser os nomes dos seus gêmeos? Há há há. *risadinha escrota de criança chata*”. Levou um belo pontapé no traseiro e ganhou um bilhete na agenda que pedia pra minha irmã ir lá conversar com a “tia”.
A última dela foi demais. Minha irmã foi ao mercado fazer compras – e eu não sei porque as pessoas insistem em fazer compras com filho pequeno se já ficou mais do que comprovado que isso dá merda em 101% dos casos – e ela pediu porque pediu pra passar na casa a minha avó, a “bisa”. Tanto fez que a mãe dela resolveu ir. Chegou lá e minha avó disse “Oi querida, veio visitar a velha?” ao que minha irmã foi logo respondendo “É vozinha, vim matar a saudade”. Não é que a garota emplacou um: “Mentira, bisa. Ela nem queria vir, só eu e ela só me trouxe porque não tinha almoço pronto lá em casa”.
Srta. Bones I
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