Lá vai ele outra vez de calça marroquina e com fones no ouvido, dando trilha ao mundo que não tem música. Escutando quem sabe, com grandes esperanças, quando sino da divisão começou a soar. Mas mudo é o que ele não é. Com respeito ele tira o fone a cada vez que fala com alguém.
Não é vanguarda de nada e tem asco de quem se auto-proclama como uma. Ele me diz que aqueles porcos (ou seriam homens? Não sei dizer atrás do vidro embaçado) um dia sairão daquela casa confortável e voltarão a ser apenas porcos no chiqueiro.
Lá vai ele outra vez de calça marroquina e com fones no ouvido, dando trilha ao mundo que não tem música. No centro do mundo vendo a história rolar, vendo “o cara” construir uma nova religião. Foram duas semanas que ele aparecia estático, de camisa roxa do Enecom, num blog do globo online.
E vem brincando com os fones de ouvido, as calças largas voando, dizendo “pára de chorar” para quem reclama demais da vida. Veja bem, ele não é a Pollyana, mas parece que está sempre fazendo o jogo do contente, porque sempre vê o lado bom das coisas.
Às vezes eu me pergunto quando fiquei tão próximo assim para me ver quase sempre ao seu lado. Acho que a resposta deve estar no lado escuro da lua, num lugar onde só consigo chegar voando ou imaginando.
Talvez esteja também escutando os clássicos que a mãe dele tocava nas aulas de piano. O adágio em sol menor não soa muito mais bonito quando escutado de olhos fechados, na ponte Rio-Niterói, dentro do 100?
Ele me diz que dinheiro é um crime. Sempre que tem mais liberdade com dinheiro, precisa-se de mais dinheiro para conseguir liberdade. Diz também que é difícil dividir o pedaço de torta quando uma torta apenas não é suficiente.
E ele sabe que fica mais difícil, mais difícil e cada vez mais difícil quando envelhece. Por que simplesmente não podemos soprar os anos para longe? Eu digo que somos apenas mais um tijolo no muro e trabalhamos para o controle de pensamento. E dessa vez ele me responde como um irmão mais velho: - Ei você! Não me diga que não há esperanças. Juntos nós resistimos, separados nos caímos.
Lá vai ele outra vez de calça marroquina e com fones no ouvido, dando trilha ao mundo que não tem música.
Não é vanguarda de nada e tem asco de quem se auto-proclama como uma. Ele me diz que aqueles porcos (ou seriam homens? Não sei dizer atrás do vidro embaçado) um dia sairão daquela casa confortável e voltarão a ser apenas porcos no chiqueiro.
Lá vai ele outra vez de calça marroquina e com fones no ouvido, dando trilha ao mundo que não tem música. No centro do mundo vendo a história rolar, vendo “o cara” construir uma nova religião. Foram duas semanas que ele aparecia estático, de camisa roxa do Enecom, num blog do globo online.
E vem brincando com os fones de ouvido, as calças largas voando, dizendo “pára de chorar” para quem reclama demais da vida. Veja bem, ele não é a Pollyana, mas parece que está sempre fazendo o jogo do contente, porque sempre vê o lado bom das coisas.
Às vezes eu me pergunto quando fiquei tão próximo assim para me ver quase sempre ao seu lado. Acho que a resposta deve estar no lado escuro da lua, num lugar onde só consigo chegar voando ou imaginando.
Talvez esteja também escutando os clássicos que a mãe dele tocava nas aulas de piano. O adágio em sol menor não soa muito mais bonito quando escutado de olhos fechados, na ponte Rio-Niterói, dentro do 100?
Ele me diz que dinheiro é um crime. Sempre que tem mais liberdade com dinheiro, precisa-se de mais dinheiro para conseguir liberdade. Diz também que é difícil dividir o pedaço de torta quando uma torta apenas não é suficiente.
E ele sabe que fica mais difícil, mais difícil e cada vez mais difícil quando envelhece. Por que simplesmente não podemos soprar os anos para longe? Eu digo que somos apenas mais um tijolo no muro e trabalhamos para o controle de pensamento. E dessa vez ele me responde como um irmão mais velho: - Ei você! Não me diga que não há esperanças. Juntos nós resistimos, separados nos caímos.
Lá vai ele outra vez de calça marroquina e com fones no ouvido, dando trilha ao mundo que não tem música.
Afta Bucal
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